Dra.
Juliana Martins Ferreira -
Médica
Veterinária -
A
Leptospirose é uma das mais importantes zoonoses (doenças transmitidas dos
animais para o homem ) transmitida para os cães, principalmente através da
urina do rato por contato direto, ou água e alimentos contaminados. Nem todos
os ratos estão contaminados, portanto se o seu cão matou um rato não entre em
desespero.
Os ratos
se sentem atraídos por restos de comida e rações do seu cãozinho, portanto vale
a pena manter os sacos de ração bem fechados e longe do alcance de
roedores e não deixar o alimento de seu companheiro o dia inteiro no chão.
Nesta época em que são freqüentes as chuvas também vale lembrar que a água é um
ambiente propício para sobrevivência da leptospira.
O cão
contaminado pela leptospirose apresentará falta de apetite, vômito, febre e um
sintoma bastante característico, a urina de cor escura. A bactéria atinge os
rins e o fígado do animal. Alterando a função hepática, a leptospirose causará
icterícia, notada pelo amarelamento das mucosas como olhos, gengivas, etc.
O animal
com suspeita de leptospirose deverá ser encaminhado para atendimento
veterinário, o tratamento é realizado principalmente com antibióticos e
fluidoterapia, havendo chance reservada de cura. A titulo de curiosidade vale a
pena destacar que os gatos apresentam-se resistentes a esta bactéria.
A melhor
forma de evitar a leptospirose é através da vacinação dos cães. As vacinas
múltiplas mais modernas protegem os animais contra quatro tipos de
leptospirose, aqueles que mais comumente afetam os cães. No entanto, há vários
outros tipos que acometem outras espécies e podem, mais raramente, atingir
também o homem e o cão. Em regiões endêmicas como a nossa, ou seja, onde sempre
há casos de leptospirose, é necessário vacinar o cão duas vezes por ano contra
a doença.