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sexta-feira, 1 de março de 2013

Artigo

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Famosos porque importantes, ou  importantes porque famosos? -
 Clara Gugel - 

“No futuro todos terão seus quinze minutos de fama”. A frase “profetizada” pelo artista plástico americano, Andy Warhol, nunca foi tão precisa. Na era da superexposição, celebridades instantâneas se proliferam como bolhas de sabão e estamos cada vez mais exibidos.  Conectados. Plugados. Com a vida por um fio (ou não, nos casos de conexão WI-FI), queremos ver e, principalmente, ser vistos, o que na maioria das vezes, relega a segundo plano a preocupação com a qualidade do que será oferecido à apreciação pública (ok, a triagem fica por nossa conta) 
Nas redes sociais temos seguidores que vigiam ações alheias pontualmente com uma curiosidade voraz, saciando a vaidade de quem produz conteúdos específicos para atender a um público exigente em relação às novidades, sejam elas quais forem (fato que, sinceramente, me causa estranheza. Conheço histórias escabrosas de um passado recente, onde, ser seguido e vigiado o tempo todo era o que as pessoas menos queriam).
A verdade é que tudo vira notícia na grande rede (a da Marina não, por favor): a fofice recente do bebê, o avião em chamas, a balada bombando, o esmalte da moda, a calipígia do momento e até algum texto interessante, desde que, não tenha muitos caracteres, caso contrário, seremos fortes candidatos a levar um unfollowed, ou pior, nos recomendarão o retorno àquela rede social “antiga e brega” que muitos renegam ser oriundos, o ORKUT ( sim, navegar na internet é preciso, generalizar não é preciso). 
Mas não nos preocupemos com as nossas postagens.  O uso da palavra “unanimidade” está muito mainstream e, portanto, excluído do nosso dicionário. Sempre encontraremos alguém capaz de curtir, compartilhar ou retwittar o que postamos, por mais duvidoso que possa parecer o nosso (bom?) gosto.

No mais, a Internet continuará suprindo “todas as nossas necessidades”, inclusive de aceitação e de inserção garantindo, perfeitamente, a nossa felicidade. Aliás, tão perfeitamente que desconfio se isso não seria um plano do Dr. Gori (corre no Google) para transformar a todos nós em avatares e exterminar de vez a raça humana.  Bobagem? Por via das dúvidas, é melhor que fiquemos atentos. A vida real também inspira cuidados e atenção. Não teremos uma segunda chance.

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