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sexta-feira, 8 de março de 2013

ARTIGO

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Dia Internacional da Mulher: equidade de direitos.
(Prof. Valter Batista de Souza, especialista em Gestão Pública) 




Há uma aura de fragilidade nelas. Talvez pela delicadeza com que enfrentam qualquer problema do cotidiano, talvez pela maneira doce com que respondem aos desafios impostos pela vida.
Desde os primórdios da história, são elas que têm que se submeterem aos interesses da sociedade. Mas, ao longo dessa mesma história têm demonstrado que podem e sabem lidar com qualquer situação, na maioria das vezes melhor do que nós, homens.
Um dia para comemorar a “luta pela igualdade de direitos das mulheres” ainda é necessário, apesar de pensar que esta data deveria apenas simbolizar que a luta das mulheres pela conquista de seu espaço está apenas começando.
Se lembrarmos que há menos de 50 anos o lugar da mulher na sociedade era restrito ao lar, podemos perceber que pouca coisa mudou. E se mudou não foi pra melhor.
As famílias hoje se estruturam havendo a necessidade de homens e mulheres trabalharem fora. Mas, o papel da mulher, de mãe e dona-de-casa, continua o mesmo.
Elas têm qualidades difíceis de serem incorporadas pelos homens. São observadoras. Enxergam além do óbvio. Têm uma grande capacidade intuitiva que se soma à maneira simples como procuram resposta para tudo.
Também a sensibilidade materna. Ao carregar uma criança em seu ventre por nove meses, a mulher passa por uma transformação fundamental. Adquire uma capacidade única de entender as necessidades dos outros. Torna-se com isso menos egoísta. E adquire a competência de formar boas equipes de trabalho, times que sabem como comandar até melhor do que nós.
A sua tripla jornada - trabalho, casa e família -, lhes dá o que nós homens não conseguimos. Salvo raras exceções, as mulheres ajustam suas vidas a essas demandas atendendo às necessidades de filhos, esposos e patrões como se um fosse parte do outro. Já nós, homens, sempre falhamos em alguma delas. Quando o trabalho exige, submetemos as necessidades de nossa família ao segundo plano.
Mas, nada disso ainda é recompensado pela nossa sociedade.
As mulheres ganham muito menos que os homens, e quando comparamos rendimentos por gênero na mesma função no mercado de trabalho, isso se evidencia. Apesar de terem conquistado espaço no setor produtivo, de serem maioria nas escolas e de estarem próximas de serem maioria no mercado de trabalho formal, seus rendimentos ainda não correspondem à sua capacidade.
O valor da mulher em nossa sociedade é subestimado. Mais do que uma referência a lutas antigas, o que precisamos é fortalecer a equidade de direitos. Elas não são iguais aos homens e precisam ter seus direitos pensados em função de suas necessidades. Isso é a equidade, mais do que a igualdade. É dar às mulheres o que elas precisam. Passou do tempo de se fazer justiça verdadeiramente. Chega de piadas de mau gosto sobre pilotos de fogão e “ter” a pia.
Às mulheres o que elas têm de direito. Apenas isso! E é menos do que elas merecem.

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